30.4.07

Autocrítica de um crítico - Parte II - Críticas adicionais




Continuação...

Passemos aos filmes. Todo o mea-culpa exposto acima se deve ao fato de que este escriba, na condição de trabalhador gozando de férias (um direito trabalhista em vias de extinção, logo que a CLT entrar na alça de mira do governo), empreendeu uma maratona cinematográfica e assistiu a quatro filmes num só dia. Um sonho de consumo foi realizado e deixou como saldo as críticas que vos oferto a seguir.

BAD BOYS II

Nome original: Bad boys II
Produção: Estados Unidos
Ano: 203
Idiomas: Inglês
Diretor: Michael Bay
Roteiro: George Gallo, Marianne Wibberley
Elenco: Martin Lawrence, Will Smith, Jordi Mollá, Gabrielle Union, Peter Stormare, Theresa Randle, Joe Pantoliano
Gênero: ação, comédia, crime, thriller
Fonte: “The Internet Movie Database” – http://www.imdb.com/

“Bad Boys II” é o protótipo do filme estadunidense vazio e idiota. A história é absolutamente irrelevante. Mero pretexto para cenas de ação estapafúrdias. Tiroteios, perseguições de carro, explosões. Uma avalanche delas. A essa altura da história do cinema, ninguém se escandaliza mais com o absurdo desse tipo de filme. Cenas absurdas de perseguição, tiroteios e explosões, apesar de totalmente irreais, são perfeitamente admissíveis nos filmes. O cinema estadunidense já não sustenta mais qualquer pretensão de verossimilhança.

Paradoxalmente, apenas agora, quando o cinema se tornou tecnicamente capaz de representar com perfeição personagens de história em quadrinhos, ou seja, personagens completamente inverossímeis, o cinema estadunidense se torna finalmente realista e consistente com seu conteúdo. Falamos especialmente de “X-Men”, “Homem Aranha” e “Hulk”. São filmes realistas, feitos sobre temas irreais. Os filmes de ação tornam-se finalmente aceitáveis.

Para quem gosta de cenas de ação absurdas, Bad Boys II é um prato cheio. Recomenda-se deixar o cérebro do lado de fora e assistir sem pensar. Apenas para rir. Para quem está de bom humor, é passável. A verdadeira vocação dos dois “atores”, Will Smith e Martin Lawrence é a comédia. Comédia de mau gosto, que fique bem entendido. Os dois não tem o menor constrangimento em expor seus personagens ao ridículo. O filme pode ser encarado como uma ridicularização da imagem do policial machão. Um deles leva um tiro no traseiro. Logo depois, os dois policiais machões se deixam flagrar por uma filmadora num loja de eletrônicos em um diálogo cujo duplo sentido torna comprometedor. Em seguida, um deles ingere acidentalmente comprimidos de ecstasy e passa a se comportar de maneira ainda mais idiota.

De idiotice em idiotice, a dupla desenvolve sua “relação” de amizade. Sem criatividade nenhuma, os roteiristas apelam para a fórmula desenvolvida na clássica série “Máquina Mortífera”. Aqui como lá, há um policial sério e responsável que mantém uma família e um policial violento e tresloucado que atazana a vida do outro. Lá um se engraça com a filha do outro, aqui é a irmã. Só que essa irmã também é policial. E também se envolve, que coincidência, com a mesma quadrilha que os dois estão “investigando”. E como toda mulher, apesar de se virar bem até certa parte, acaba se reduzindo a uma mocinha indefesa que tem que ser salva no final.

Pois a atrocidade, felizmente, tem um final. De idiotice em idiotice, uma “trama” vai sendo revelada. Não fosse por uma pequena ressalva, este seria apenas mais um filme de ação idiota. Eu estava até bastante disposto a ser condescendente com essa atrocidade. Estava de bom humor, afinal esse seria apenas o primeiro filme da maratona. Não queria parecer um crítico ranzinza e mal-humorado e até diria que, deixando-se o cérebro do lado de fora, o filme se torna assistível.

Mas eis que os bad boys resolvem invadir Cuba! Um bando de policiais machões estadunidenses invade Cuba para resgatar sua donzela! Os “bad boys” se alistam na guerra ao terrorismo de Bush na forma mais servil e irresponsável. O filme seria ultrajante apenas pela sua falta de inteligência, mas a falta de inteligência se transformou em ideologia no governo Bush. Um filme de ação idiota, quando invade o território da geopolítica, se transforma numa vil e odiosa peça de propaganda pró-estadunidense e anti-castrista. E isso é algo que este crítico não poderia admitir jamais.

Alguém dirá que eu estou reclamando da invasão de Cuba apenas porque me declarei comunista logo acima. Mas o problema não é esse. O buraco é mais embaixo. Os produtores dessa atrocidade são mais baixos do que isso. Na sua incompetência abissal, mistificaram totalmente o contexto. A comunidade de exilados cubanos em Miami, de onde sai o vilão da história, é ferrenhamente anti-castrista! A burguesia parasitária cubana expulsa pela revolução em 1959 refugiou-se em Miami e está até hoje determinada a manter Cuba como país proscrito, sufocar o regime e reaver suas propriedades. Fazem lobby no governo estadunidense com esse objetivo explícito.

Qualquer um que conhece Miami sabe portanto que os exilados cubanos na cidade são o maior inimigo do regime cubano. Com que então os gênios que conceberam esta atrocidade disfarçada de filme inventam um exilado cubano pró-castrista!! Se ele é pró-castro, porque está exilado em Miami?! Absurdo dos absurdos! A única resposta possível é que o vilão é um traficante de drogas e tem mansões nos dois países. Tanto pior! Assim como a Colômbia, Cuba se torna um alvo na guerra contra o narcotráfico. Narcotráfico, terrorismo, tanto faz. Para Hollywood e seus roteiristas descerebrados, é tudo a mesma coisa.
Saí correndo da sala para pegar a próxima sessão, furioso.

IDENTIDADE

Nome original: Identity
Produção: Estados Unidos
Ano: 2003
Idiomas: Inglês
Diretor: James Mongold
Roteiro: Michael Cooney
Elenco: John Cusack, Ray Liotta, Amanda Peet, John Hawks, Alfred Molina, Clea DuVall, John C. McGinley, William Lee Scott, Rebecca De Mornay
Gênero: horror, mistério, thriller, drama
Fonte: “The Internet Movie Database” – http://www.imdb.com/

“Identidade” é mais um filme sobre serial-killers. Visto logo na seqüência de Bad Boys II, parece ser infinitamente mais inteligente. Um filme de suspense à moda antiga, sem o apelo da violência explícita. “Identidade” requer atenção aos detalhes. Uma bem elaborada trama de incidentes inter-relacionados une os personagens num motel de beira de estrada, onde os crimes acontecerão, numa noite de chuva torrencial. Não há escapatória possível pelas estradas alagadas, nem comunicação por telefone ou por rádio.

O assassino, desta vez, é um indivíduo com múltiplas personalidades, preso e condenado à morte. À medida que o seu caso é revisto pela última vez antes da execução, os crimes vão sendo expostos. Um a um os personagens vão morrendo. As suspeitas recaem ora sobre um membro do grupo, ora sobre outro. Coincidências improváveis entre eles vão surgindo. Aos poucos, os psicólogos e advogados que empreendem a revisão do caso tentam montar o quebra-cabeças do que aconteceu.

O segredo para desvendar os crime é tentar adivinhar sob qual das identidades o assassino estava agindo. O filme investe nessa hipótese da psicologia de que uma mesma pessoa pode desenvolver personalidades variadas dentro de sua psique. O assassino seria um caso extremo de demonstração dessa tese. Caberá ao advogado de defesa e ao psicólogo provar que, tendo o autor do crime várias personalidades, não há como condená-lo até que se descubra qual delas cometeu os crimes. Daí a necessidade de estabelecer sua identidade e daí o título do filme.

Enquanto os investigadores fazem este trabalho, nós por nossa vez somos brindados, no transcurso da narrativa, com um desfile de surpresas, reviravoltas, suspeitas, sustos e mortes bizarras. Até que não reste mais ninguém. Antes disso, suspeita-se de um assassino sobrenatural, possibilidade nunca descartável em se tratando desse tipo de filme. Mas não se trata disso, eu adianto. O assassino é humano, embora mentalmente perturbado. O recurso de personalidade confusas e finais surpreendentes está virando moda depois de “Os suspeitos”, “Clube da luta” e “O sexto sentido”.

Mas não, eu, não vou contar o final e dizer quem é o assassino. Porque esse filme vale a pena ser visto. Apesar de na essência, não ser muito diferente de Bad Boys II. Serial killers, assim como super policiais heróis, são para mim seres da ficção peculiares ao imaginário estadunidense. Não acredito em nenhum dos dois. Assim como o super policial que quebra as regras representa uma fantasia vicária de poder vigilantista; o serial killer representa a fantasia da suspeita onipresente contra tudo e contra todos, contra qualquer aparência de normalidade e racionalidade, sob a qual subjaz um instinto assassino.

Serial killers como os dos filmes são tão fictícios para mim como Papai Noel e o coelhinho da Páscoa. Mas apesar dessa premissa fictícia, algo mantém o interesse nesse tipo de filme. Há uma morbidez congênita na pós-modernidade que leva público a vibrar com o espetáculo de mortes brutais e a tentativa desesperada de fugir do assassino. Filmes de suspense e de terror são um sintoma doentio da pulsão de morte hiper-desenvolvida.

Porque nenhuma outra cultura além da estadunidense se interessa tanto pela temática do assassinato? Porque nenhum outro país é tão violento e homicida? Com a palavra, Michael Moore e “Tiros em Columbine”.

UMA SAÍDA DE MESTRE

Nome original: The italian job
Produção: Estados Unidos, França, Inglaterra (UK)
Ano: 2003
Idiomas: Inglês, Russo, Italiano
Diretor: F. Gary Gray
Roteiro: Troy Kennedy-Martin, Donna Powers
Elenco: Mark Wahlberg, Charlize Theron, Donald Sutherland, Jason Statham, Seth Green, Mos Def, Edward Norton, Fausto Callegarini
Gênero: ação, crime, thriller
Fonte: “The Internet Movie Database” – http://www.imdb.com/

Finalmente, depois desse complicado quebra-cabeça, um filme honestamente leve e divertido. Um despretensioso filme de assalto. Espécie de primo pobre do glamouroso “Onze homens e um segredo”. Como todo filme de assalto, o grande problema não é o roubo em si, mas a partilha do produto do crime pela quadrilha. Alguém sempre tenta passar a perna nos companheiros.

A partir daí a diversão será o jogo de gato e rato pelo qual os companheiros traídos tentarão recuperar o butim. Não faltarão as habituais perseguições de carro, tiroteios, explosões, personagens bizarros, etc.. A esse respeito, vale o mesmo que dissemos de Bad Boys II e suas cenas de ação estapafúrdias e sem sentido. A mesma falta de realismo. Só que nesse caso, não parece forçado e sim divertido.

Também há um subtexto de vingança pela morte de um dos membros da quadrilha. Vingança que envolverá no roubo a filha deste personagem. A qual terá que superar suas limitações e alcançar as habilidades manuais de seu pai para que o roubo dê certo.

Acostumada a trabalhar apenas com alta tecnologia, precisará do instinto e da intuição artesanal da antiga escola para realizar o roubo. O mesmo clichê de personagens que superam obstáculos para triunfar no final e inclusive encontrar o amor. Etc., etc., etc.. Um filme preso às suas fórmulas e convenções, mas realizado com honestidade e leveza. Nesses dias de orçamentos inchados e egos inflacionados, um pouco de despretensão e simplicidade sempre é bem-vindo.

Infelizmente, filmes de assalto em breve deixarão de ser verossímeis. A forma da riqueza capitalista deixará de ser física, dispensando o suporte material, seja em ouro, seja em papel moeda. A riqueza passará a ser contabilizada em sinais eletrônicos. Não sendo física, não há como ser roubada. E se não há como ser roubada, não há como se fazer filmes a respeito. A menos que se façam filmes sobre hackers. Nesse caso, as possibilidades de ação física são bem menores. O cinema perderá mais um território a ser explorado com sua pirotecnia.

ABAIXO O AMOR

Nome original: Down with love
Produção: Estados Unidos, Alemanha
Ano: 2003
Idiomas: Inglês
Diretor: Peyton Reed
Roteiro: Eve Ahlert, Dennis Drake
Elenco: Renée Zellweger, Ewan McGregor, Sarah Paulson, David Hyde Pierce, Rachel Dratch, Jack Plotnick, Tony Randal
Gênero: comédia, romance
Fonte: “The Internet Movie Database” – http://www.imdb.com/

Finalmente, para relaxar, uma comédia romântica. Em forma de filme de época, esta simpática produção investe numa espécie de nostalgia da autenticidade. A história se passa em 1962. A escolha da data é bastante feliz. Estamos a um ano do assassinato de Kennedy. Neste dia fatídico, os Estados Unidos perderam sua inocência. O mundo desabou para os estadunidenses. Sua imagem de invulnerabilidade nunca mais foi a mesma. A sombra da suspeita e das conspirações passou a assombrá-los para sempre. A sensação incômoda de que viviam num sociedade dividida por conflitos tornou-se permanente.

Os estadunidenses tem uma dificuldade extrema em digerir conflitos e contradições no interior de sua sociedade. Vide a longa série de filmes sobre a guerra do Vietnã. Apenas agora, quarenta anos depois, o conflito do feminismo pode ser abordado. Mas como tudo já está “resolvido”, o assunto é abordado sob a forma de um conto de fadas. “Abaixo o amor” é uma fábula. Uma fábula na qual o conflito do feminismo contra o patriarcalismo é dissolvido em um divertido mal-entendido.

“Abaixo o amor” é o título do livro lançado por Bárbara Novak (René Zellwegger). Neste livro ela defende a libertação das mulheres da necessidade de se submeter a um casamento. A mulher pode e deve se tornar autônoma e buscar o sexo sem compromisso com a mesma independência que o homem o faz. Para tentar furar o bloqueio machista que impede a publicação do livro, Bárbara contará com o apoio de sua amiga e editora Vicki. Recém-chegada a Nova York, ela tentará achar seu espaço como uma self-made woman.

Vicki tentará furar o bloqueio da publicidade apelando para o dono da revisa “Know”, um certo Douglas McManus, secretamente enamorado pela própria Vicki. Mas por ser tímido, McManus não tem coragem de encontrar Bárbara e Vicki sem a companhia de seu amigo e funcionário Catcher Block (Ewan Mcgregor), repórter da Know. Mas Catcher, don Juan insaciável, não quer perder tempo com uma escritora solteirona do interior. Por isso evita sucessivamente os encontros.

Até que “Abaixo o amor”, o livro, decola. Torna-se best-seller mundial, fenômeno de comportamento. A atitude independente das mulheres começa a prejudicar as conquistas de Catcher Block. Até que a própria Bárbara aparece em rede nacional para dizer a todas as mulheres que Catcher é o tipo de homem com o qual não vale à pena se envolver. É aí que a fonte seca de vez. E Catcher resolve partir em busca de vingança. Arquiteta o plano de desmascarar Bárbara, seduzindo-a para revelar que o que toda mulher quer, mesmo a escritora que prega a independência das mulheres, é encontrar um marido para se casar.

O espectador escolado em comédia romântica sabe que os dois inevitavelmente terminarão juntos. A graça está em descobrir como. A fórmula neste caso é a clássica história de Choderlos de Laclos, “As Ligações Perigosas”. O conquistador arma uma armadilha para sua presa, seja por qual motivo for, uma aposta ou uma vingança, e ele próprio acaba conquistado. No caso do filme estadunidense, há um componente dramático adicional neste enredo que é o apego à palavra empenhada. A palavra de um homem é sagrada para um estadunidense. Uma relação que começa baseada em uma mentira está condenada ao fracasso.

É esse o dilema que começa a dilacerar o conquistador, tão logo ele se veja conquistado. Como contar a verdade à mulher amada? Como dizer que sua identidade é falsa e tudo começou como uma brincadeira? De modo geral, na comédia romântica, a revelação da verdade resulta em rompimento. Nesse meio tempo, acontecem os encontros e desencontros que fornecem o material propriamente cômico. Como os desencontros do casal de coadjuvantes Vicki e McManus.

O prolongamento dos desencontros é apenas um maneira de adiar a revelação inevitável que fatalmente acarretará o rompimento. Catcher Block acabará poupado desse dilema, pois na verdade tudo não passava de uma armação da própria Bárbara Novak, na verdade Nanci Brown (!?). E ao vir à tona, a armação comprova a tese da própria Bárbara. Para se manter fiel à sua ideologia feminista, ela precisa romper com Catcher e construir seu próprio império editorial.

Ainda que esse rompimento seja doloroso para ambos. Como se trata de uma comédia, esse tipo de situação é remediado geralmente com o consumo de chocolate. Surge aí, comédia à parte, uma sutil crítica ao feminismo “machista” das mulheres que se assimilam aos homens para conquistar postos elevados no mercado de trabalho. O feminismo ainda contém uma armadilha. A função de empresária independente impõe sacrifícios.

Como está sendo abordado em retrospectiva, o feminismo-Abaixo o amor pode ser retificado. Seus equívocos históricos podem ser reparados pela maquiagem ficcional. Nem todo mundo deve se enquadrar na fórmula prescrita em “Abaixo o amor”, o livro. É o que aprendem especialmente os coadjuvantes Vicki e McManus. Devido a sua defesa da igualdade entre os sexos, Bárbara, agora dona da “Now” (que suscita trocadilhos com a Know), terá que oferecer oportunidade de emprego também para homens, o que dá a oportunidade a Catcher de se reaproximar.

No final, tudo acaba bem. Como se trata de um jornalista e uma escritora, tudo acaba em “Viva o amor”, o livro da dupla que reabilita o amor romântico. A história de luta do feminismo, seus extremismos, a dificuldade da cultura machista em aceitar a igualdade, a difícil reaproximação, o tão desejado fim da “guerra dos sexos”, o trabalhoso processo de infindáveis terapias para casais; tudo isso é dissolvido numa fábula inofensiva. “Abaixo o amor”, o filme, é mais um exemplo da forma tipicamente estadunidense de dissolver os conflitos e minimizar o seu impacto.

É preciso esperar 40 anos para que uma novidade deixe de ser revolucionária e passe a ser aceitável. Um livro como “Abaixo o amor” em um 1962 real seria francamente escandaloso. Um filme como “Abaixo o amor” em 2003 não passa disso, de uma simples e simpática comédia. Uma homenagem ao romantismo, numa época tão brutal. Um desejo de voltar a um passado idílico, desejo recorrente na cultura estadunidense, já explorado por exemplo em “A vida em preto e branco”. O impulso de voltar a uma espécie de infância cultural produz esse tipo de filme, que apesar disso é honestamente simpático.

Para quem vive em outra época e em outra cultura e não participou dos mesmos conflitos, o que fica mesmo é a leveza da comédia romântica. De todos os quatro filmes da maratona, provavelmente este é o único que este escriba assistirá novamente. E está aceitando companhia.

Daniel M. Delfino

14/10/2003

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