3.11.15

O ataque a Gaza e a história da luta palestina



O sionismo e as origens de Israel

Os 22 dias de ataques aéreos e terrestres de Israel contra Gaza entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009 produziram 1.300 mortos, 5.300 feridos, 5.000 casas destruídas, 41 Mesquitas explodidas, 5 cemitérios bombardeados, 16 prédios públicos, escolas da ONU e hospitais totalmente destruídos e 80 mil desabrigados (dados dos sites www.vivapalestina.com.br e www.palestinalivre.org).
Esse crime é mais um capítulo de uma longa história de invasão territorial, roubo de terras, violação de direitos humanos, opressão, tortura, morte, limpeza étnica e genocídio de que os palestinos tem sido vítimas. Antes mesmo da criação do Estado de Israel em 1948, havia um movimento de colonização da Palestina por judeus europeus organizados em torno da ideologia sionista. Nas décadas de 1920 e 30, invasores sionistas já perpetravam ataques contra os palestinos, destruindo aldeias inteiras, matando indiscriminadamente populações indefesas, roubando suas terras e fontes de água, com a conivência da administração colonial britânica.
O sionismo (que tira seu nome da fortaleza de Sião, cidadela dos judeus na Jerusalém dos tempos bíblicos), arregimentava colonos na Europa com a proposta de um “lar nacional” para os judeus. A linguagem do sionismo era semelhante à dos movimentos do nacionalismo burguês do século XIX. Sua prática era idêntica à do processo de formação das “colônias brancas” que caracterizou a expansão do imperialismo para regiões como a África do Sul e a Oceania, baseada no massacre dos povos originários. O sionismo escolheu a Palestina para abrigar esse lar nacional e ignorou a existência de uma população nativa, de origem árabe e religião muçulmana, que já habitava a região por praticamente dois milênios. Criou-se o mito da “terra sem povo para um povo sem terra”, fundamentado no rebaixamento dos palestinos para a condição de algo abaixo do humano.
Realizou-se uma operação ideológica semelhante àquela que narra a história da América como um “descobrimento”, ignorando a existência nesse continente de mais de 20 milhões de nativos, que puderam assim ser exterminados pela conquista européia. A construção ideológica que atribui a condição de sujeito exclusivamente aos povos dos países imperialistas e nega aos povos dos países periféricos o estatuto de seres humanos repetiu-se na Palestina com a invasão sionista.
A política de limpeza étnica permaneceu a mesma ao longo dos últimos 60 anos que se passaram desde a criação de Israel. Para dar legitimidade a tal política, os sionistas contaram com o favor da opinião pública dos países imperialistas, chocados com a revelação do extermínio de milhões de judeus europeus no curso da II Guerra. O Holocausto forneceu um álibi para as ações do sionismo. Como se já não bastasse a crueldade dos crimes cometidos contra os palestinos, o sionismo adicionou a tais crimes uma pérfida mentira ao vincular a expansão imperialista de Israel sobre a Palestina com a necessidade da “defesa do povo judeu”, convertido em vítima perpétua. O fato dos judeus terem sido vítimas da “solução final” nazista foi usurpado pelo sionismo como salvo-conduto para cometer seu próprio extermínio sobre os palestinos.

A falência da ONU e a tragédia palestina

Logo em seu início, o sionismo não era majoritário entre os judeus europeus e estadunidenses. Muitos judeus (entre os quais nomes como Albert Einstein e Hannah Arendt) protestaram contra os métodos do recém-criado Estado de Israel, que oficializavam as práticas de invasão colonial das décadas anteriores. Inclusive no interior de Israel sempre houve oposição à política de limpeza étnica contra os palestinos. Gradativamente, porém, a oposição ao sionismo se tornou cada vez mais minoritária entre os judeus, dentro e fora de Israel, a ponto de tornar-se politicamente impotente para impedir a escalada expansionista. Criticar o sionismo passou a ser sinônimo de concordar com o nazismo, infâmia que ninguém na Europa e Estados Unidos, judeu ou não judeu, queria atrair sobre si. Ao invés de contestar essa usurpação moral, preferiu-se fazer vista grossa aos crimes de Israel, afinal as vítimas eram “apenas palestinos”.
Tentando satisfazer esse estado de espírito da opinião pública, a ONU baixou uma salomônica resolução em 1947 que retirou a região do controle imperial britânico e dividiu o território em dois novos países independentes, Israel e Palestina. A resolução foi parcialmente implantada em 1948 com a criação apenas do Estado de Israel. A divisão do território em 56% para Israel e 43% para a Palestina (o 1% restante seria a cidade internacional de Jerusalém) já representava um avanço muito grande em relação ao território até então colonizado (invadido) pelo sionismo. Não contente com isso, Israel invadiu nesse mesmo ano grande parte do território destinado à Palestina, mantendo-se fora apenas da faixa de Gaza e da Cisjordânia. Nas décadas seguintes prosseguiram a invasão e a ocupação sistemáticas do território palestino. O Estado palestino jamais foi criado e todas as resoluções da ONU a respeito foram desobedecidas por Israel. Chegamos hoje à situação absurda em que 100% do território originalmente destinado a ser parte do Estado palestino foi ocupado por Israel.
O povo palestino se divide hoje em 1,2 milhões que residem em Israel (nos territórios tomados em 1948), 1,5 milhões na faixa de Gaza e 2,5 milhões na Cisjordânia (ocupados em 1967), além de outros 6 milhões expulsos de suas terras que constituíram uma diáspora espalhada por campos de refugiados na Jordânia e no Líbano. Os palestinos dos territórios ocupados vivem sob constante cerco policial do Estado israelense, separados por muros e postos de controle do exército nas estradas, impedidos de ir e vir, de se comunicar entre si, de buscar trabalho. Para completar, Israel ocupou as terras férteis da Cisjordânia, assentou colonos nessas terras e tomou o controle das fontes de água, relegando os palestinos à miséria perpétua.
O caso Israel-Palestina foi desde o início uma das mais eloqüentes demonstrações da impotência da ONU para servir como instrumento efetivo para a paz no mundo. A ONU jamais teve força para impor qualquer resolução sobre Israel, que sempre contou com a cobertura dos Estados Unidos. Em última instância, a ONU funcionou como um mero instrumento diplomático do imperialismo estadunidense, servil a seus interesses, conivente com seus crimes, mas dura com seus adversários.

Os países árabes e Israel

A primeira reação dos países árabes, já em 1848, foi de sair em guerra contra Israel. Seguiram-se as guerras de 1953, 1967 (quando foram ocupadas a faixa de Gaza e a Cisjordânia) e 1973, com a vitória sempre pendendo para o lado do sionismo. A resistência palestina se organizou na Organização para Libertação da Palestina (OLP), que inicialmente agrupava diversas correntes políticas e se recusava a reconhecer Israel. Em 1982 Israel invadiu o sul do Líbano, intervindo na guerra civil que sangrava o país para expulsar de lá a OLP. De passagem, o comandante da operação e depois primeiro-ministro israelense Ariel Sharon permitiu que milícias libanesas cristãs de extrema-direita atacassem os campos de refugiados palestinos de Chabra e Shatila, matando mais de cinco mil pessoas, a grande maioria não-combatentes, inclusive mulheres e crianças.
O agravamento da opressão nos territórios ocupados deu origem a duas “Intifadas”, a revolta dos palestinos nos territórios ocupados, em 1987 e em 2000, quando jovens palestinos combateram com pedras os tanques de guerra israelenses. Em 2006 Israel invadiu o novamente o Líbano para destruir o Hizbolá (organização enraizada entre os refugiados palestinos naquele país), mas depois de provocar grande devastação, foi obrigado a se retirar sem conseguir seu objetivo. Desmoralizado, o exército israelense buscou vingança com o recente ataque a Gaza, castigando uma população muito mais pauperizada para puní-la por seu apoio ao Hamas.
Ao longo dessas 6 décadas, importantes mutações se produziram no movimento de resistência palestino. Inicialmente, os palestinos chegaram a contar com o apoio de países árabes, que saíram em guerra contra Israel. No contexto da Guerra Fria, nos anos 1950 e 60, despontou o movimento dos “países não-alinhados”, que tentavam de alguma forma se manter equidistantes dos blocos liderados pelo imperialismo estadunidense e pela burocracia soviética. Dentro do movimento dos não-alinhados se localizava o chamado “nacionalismo árabe”, liderado por figuras como o líder egípcio Gamal Abdel Nasser. O Egito de Nasser chegou a realizar uma reforma agrária, distribuindo terras aos camponeses, algo inédito desde o tempo dos faraós (a reforma está sendo revogada pelo atual governante do Egito, Hosni Mubarak).
As limitações do nacionalismo árabe (como do restante do movimento dos não-alinhados), sua direção burocrática e pequeno-burguesa, a manutenção do capitalismo, impediram a auto-organização das massas árabes e sua mobilização por seus próprios interesses de classe. Com isso, os líderes nacionalistas foram derrotados pela direita e pelo imperialismo. O líder nacionalista do Irã, Mossadegh, foi derrubado por um golpe de Estado organizado pela CIA em 1953. Nasser foi sucedido por Anuar Sadat, que assinou um tratado de paz com Israel, em 1979, traindo a causa palestina. A capitulação do Egito a Israel foi a primeira no mundo árabe. A maior parte dos governos árabes cedeu aos poucos às pressões dos Estados Unidos e deixou de apoiar a causa palestina.

A capitulação da OLP

A OLP se viu gradativamente isolada e enfraquecida. Para completar sua derrota, Israel estimulou secretamente a formação de grupos fundamentalistas islâmicos, como o Hamas, para polarizar com as correntes laicas no interior da OLP, na década de 1980. Essas correntes laicas se tornaram progressivamente menos radicais e perderam apoio de massa. Para continuar liderando a OLP, organizações como o Fatah, de Yasser Arafat, terminaram por ceder à pressão de Israel e dos Estados Unidos, assinando os acordos de Oslo, em 1993, reconhecendo a existência de Israel, ou seja, legalizando as ocupações criminosas de 1948, em troca da promessa vaga de retirada dos territórios ocupados em 1967 e de estabelecimento do Estado palestino.
Quando Israel esboçou a possibilidade de se retirar dos territórios ocupados e consolidar a paz com a OLP, o primeiro-ministro Ytzak Rabin foi assassinado pela extrema direita fundamentalista israelense, em 1995. A criação do Estado palestino, promessa do acordo de Oslo, permaneceu no papel. Em seu lugar foi criada a Autoridade Nacional Palestina (ANP), com jurisdição sobre Gaza e Cisjordânia, uma caricatura de Estado, sem qualquer viabilidade econômica e sem autonomia política e financeira. A ANP depende do envio de verbas dos Estados Unidos e da Europa, condicionada ao controle policial da população palestina, ou seja, à repressão de seu próprio povo. O Fatah, cada vez mais corrupto, aceitou se prestar a esse papel de manter a ordem nos territórios ocupados. A incapacidade do Fatah de melhorar a vida dos palestinos, o que é impossível sem combater o controle israelense dos territórios ocupados, fez com que o partido perdesse popularidade e fosse derrotado pelo Hamas nas eleições da ANP em 2006.
O imperialismo desconheceu a expressão da vontade soberana do povo palestino nas eleições e negou-se a aceitar um governo do Hamas. O envio das verbas que mantém a ANP foi cortado e a miséria se aprofundou. O Fatah tentou um golpe de Estado contra o Hamas em 2007 e foi expulso da faixa de Gaza. Desde então Israel recrudesceu a repressão sobre os territórios ocupados, passando a executar incursões militares periódicas e chacinas, além de impor um bloqueio econômico sobre Gaza que reduziu o território a um campo de concentração, culminando nos ataques de 2009/09.
Traídos por suas lideranças tradicionais, os palestinos passaram a lutar contra um inimigo muito mais poderoso por meio de ataques de homens-bomba contra a população civil em Israel. Isso contribuiu para atrair a antipatia mundial contra a causa palestina. Os israelenses passaram a ser apresentados como vítimas e os palestinos como algozes impiedosos de uma população indefesa, quando a verdade está muito mais próxima do oposto. Israel é apresentado como representante da democracia no Oriente, mas na verdade é um Estado militarizado, controlado por uma burocracia militar espalhada por todos os setores da administração civil. O serviço militar é obrigatório para ambos os sexos e dura dois anos. Reservistas podem ser convocados a qualquer momento para compor um dos exércitos mais forte e bem equipados do mundo, uma aberração desproporcional num país de 6,7 milhões de habitantes.
Movimentos internos contra a guerra e a ocupação são fortemente perseguidos e encarados pela maioria da população como traição à pátria e conivência com o terrorismo. Todos os partidos com representação parlamentar (inclusive a “esquerda” trabalhista) apóiam a ocupação. Para os militares e religiosos de extrema-direita, a guerra é uma necessidade constante. Israel precisa ser mantido em estado de alerta, por meio da ameaça permanente do terrorismo islâmico, real ou imaginária, para que se possa legitimar a manutenção do aparato militar.

O fundamentalismo

Numa suprema ironia, o Hamas, que foi secretamente financiado por Israel em sua origem (assim como a Al Qaeda foi organizada pelos Estados Unidos), se tornou décadas depois a única esperança de resistência dos palestinos, por herdar a bandeira histórica do movimento e se recusar a reconhecer Israel. Apesar de suas origens espúrias, o Hamas se credenciou como representação da resistência palestina devido ao seu trabalho assistencial e à firmeza de sua força militar na luta contra a ocupação.
O Hamas, assim como o Hizbolá, que organiza a resistência dos refugiados no Líbano, são subprodutos do fenômeno global do crescimento do fundamentalismo islâmico, uma resposta dos povos árabes à desarticulação do velho nacionalismo. As direções políticas árabes, burguesas e autoritárias, dobraram-se todas aos Estados Unidos, gerando ódio de suas populações. Sadat, que assinou o acordo de paz com Israel, foi assassinado por fundamentalistas egípcios em 1980, sendo sucedido por Mubarak, no poder até hoje.
A revolta popular que derrubou o títere dos Estados Unidos no Irã, em 1979, terminou hegemonizada pelo setor fundamentalista, liderado pelo clero dos aiatolás, no que foi chamado de “revolução islâmica”. Desde então o Irã tem se tornado o modelo político e o sustentáculo material de diversos movimentos fundamentalistas espalhados pelo mundo árabe e além. A linguagem apocalíptica do fundamentalismo, seu chamamento à “guerra santa” contra o “grande satã” (Estados Unidos e sua marionete, Israel), sua promessa de paraíso para os mártires que se imolarem pela causa; substituíram a linguagem racional das reivindicações historicamente fundamentadas da causa nacional palestina e árabe.
Para completar, a mídia burguesa ocidental convenientemente transforma o conflito árabe-israelense numa luta entre o “povo escolhido” da Bíblia judaico-cristã e os bárbaros malignos do islamismo satânico. A indústria cultural hollywoodiana colabora com a campanha anti-árabe por meio da construção do estereótipo do árabe como terrorista. O cinema hollywoodiano periodicamente reaviva com brilhantismo a memória do Holocausto, o que está correto, mas se omite criminosamente quanto à tragédia palestina em curso.

A geopolítica do petróleo

A origem do conflito não tem nada a ver com religião. As religiões são instrumento da manipulação política das massas ao sabor dos interesses das classes dominantes em cada momento. A religião nunca impediu no passado que muçulmanos, judeus remanescentes da diáspora e cristãos das igrejas orientais convivessem na mesma Palestina durante séculos, na Idade Média. Esse convívio foi interrompido pela chegada dos cruzados cristãos, que foram à Terra Santa não para levar a “palavra de Deus”, mas a espada, em busca de riqueza e glória (matando não apenas muçulmanos, mas também judeus e cristãos orientais). Da mesma forma, muçulmanos, judeus e cristãos conviveram harmoniosamente durante séculos no reino árabe de Córdoba, na Espanha, o outrora mais culto e civilizado Estado da Europa medieval, repositório de tesouros universais da arte, da filosofia, da arquitetura, da medicina, etc. Foi a Reconquista espanhola, liderada pelos reis católicos, que trouxe sobre a barbárie da Inquisição e o fim dessa brilhante experiência.
O que está por trás de um movimento como o sionismo não é a religião judaica, mas os interesses do imperialismo. De passagem, é importante ressaltar que o judaísmo é ele próprio heterogêneo. Não existe sequer uma identidade judaica única capaz de por de acordo os rabinos das diversas correntes, dos moderados aos ortodoxos e ultra-ortodoxos. Etnicamente, os judeus se dividem em dois ramos principais, os asquenazi (ocidentais ou “europeizados”) e os sefaraditas (orientais), sem contar o caso peculiar dos judeus etíopes.
A população de judeus é inclusive maior fora de Israel. Apenas nos Estados Unidos são cerca de 10 milhões. Nem todos os judeus necessariamente apóiam Israel, mas apenas uma minoria dos que não apóiam o sionismo se manifesta a respeito. Existe porém um setor bastante peculiar da população judia estadunidense cujo apoio incondicional a Israel constitui um dos pilares da política do imperialismo para o Oriente Médio. Existe uma burguesia judia e pró-sionista que controla parte das finanças e da mídia dos Estados Unidos. Não se trata aqui do mito nazista da “conspiração judaica para dominar o mundo”, mas de um setor específico, muito organizado e influente, que atua em unidade com outros dois setores específicos da burguesia estadunidense, o complexo industrial-militar e a indústria petrolífera, na determinação dos objetivos da política externa do imperialismo.
O apoio dos Estados Unidos a Israel ao longo de todas essas décadas não tem a ver com qualquer simpatia extrema pelos judeus. Tem a ver com a necessidade de derrotar o antigo nacionalismo árabe, instalar em seu lugar governantes servis e assegurar o controle das fontes de petróleo do Oriente Médio. É em função dessa tarefa prioritária para o imperialismo que Israel recebe verbas e equipamentos estadunidenses para seu formidável exército. A presença de um quartel-general do imperialismo em pleno Oriente Médio colabora para manter os governos burgueses do mundo árabe prostrados.
Por outro lado, o descontentamento das massas árabes só tem aumentado ao longo de todas essas décadas. Os trabalhadores não se beneficiam dos petrodólares que sustentam a opulência dos xeques árabes, todos corruptos e tirânicos. Na falta de uma direção política conseqüente que organize os trabalhadores contra o regime burguês servil desses países, cresce a influência das correntes fundamentalistas islâmicas. Neste momento, correntes fundamentalistas como Hamas e Hizbolá são as únicas que pegam em armas em defesa do povo palestino. Em que pesem os problemas políticos das correntes fundamentalistas, é preciso defender sua luta e expor corretamente a história do enfrentamento do povo palestino contra Israel.
A solução para o drama dos palestinos não está na eleição de um novo governante estadunidense, ou nos foguetes do Hamas, mas na auto-organização das massas, em torno de um programa socialista. Trata-se de um programa que precisa ser levantado pelo conjunto dos povos do Oriente Médio, contra seus dirigentes burgueses e pró-imperialistas e em defesa dos interesses da classe trabalhadora.

Daniel M. Delfino
Fevereiro 2009





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